sexta-feira, 30 de agosto de 2013

10 motivos para apoiar Bashar Al Assad e a Síria anti-imperialista



1 - A questão não é “apoiar um ditador”, mas sim, apoiar a auto-determinação dos povos que é um direito concedido pelo Tratado de Westphalia, assinado em 1648, um princípio básico da Diplomacia e do Direito Internacional.

2 - A ONU vetou todas as tentativas americanas e israelenses de intervenção à Síria. Intervir mesmo assim significaria desobedecer o Conselho de Segurança da ONU, como os EUA fizeram no Iraque após o 11 de setembro.

3 - Obama alega que Assad usou armas químicas contra a população. Até o presente momento, os únicos que comprovadamente usaram as armas químicas foram os rebeldes, que são apoiados, financiados e armados pelos EUA. Aliás, isso lembra das “armas de destruição em massa” pelas quais os EUA invadiram o Iraque, mas não as encontraram até hoje.

4 - O embate entre um governo secular (Assad e o partido Ba'ath) e guerrilhas teocráticas (Frente Al-Nursa, que é ligada à Al-Qaeda e outros grupos) é uma clara visão do que aconteceu no Afeganistão. Quando o país estava protegido pelas tropas soviéticas, os EUA apoiaram os Mujahideen, que mais tarde, tornariam-se os Talibãs. O líder dos Mujahideen era Osama Bin Laden, ou seja: Ele foi treinado, armado e financiado pela CIA para se livrar dos soviéticos na região. Anos depois, o que aconteceu? Nasce a Al-Qaeda, ocorre o 11 de setembro, o Afeganistão é invadido, reduzido a pó, milhões de vidas são perdidas... Para quê? Agora, Obama deseja repetir o erro com a Síria.

5  - Caso os rebeldes vençam, todos aqueles que não forem sunitas, serão exterminados. Por isso que xiitas, cristãos, drusos entre outras minorias religiosas e étnicas estão do lado de Assad, em cujo governo no qual, no Estado Laico a liberdade de culto é permitida.

6 - Os EUA só querem garantir sua hegemonia na região. Quem acha que eles “democratizarão” a Síria está redondamente enganado. O princípio dos EUA não é de espalhar a democracia, mas sim garantir seus interesses. Caso contrário, a Arábia Saudita, que é uma monarquia absolutista teocrática, já teria sido varrida do mapa.

7 - Como já foi citado: Os rebeldes mercenários não são nada mais que grupos terroristas bem pagos pelos EUA.

8 - Grande parte dos rebeldes não são nem sírios, são estrangeiros. Já o Exército Árabe Sírio e as Milícias Populares são 100% sírias. Isso prova mais ainda de que lado o povo está.

9 - A brutalidade e a selvageria dos ditos rebeldes “libertadores” é tanta que há inclusive vídeos de seus crimes, como por exemplo, onde um deles, no caso soldado da Frente Al-Nursa mata um soldado sírio e depois COME O SEU CORAÇÃO, enquanto berra “Allahu Akbar!”

10 - Não podemos chamar os ocidentais e seus exércitos de “soldados da pátria”, ou de “libertadores”, se fechamos os olhos para violações cometidas pelos próprios em outras nações. Se fizermos isso, será claramente uma atitude egoísta e provará o tamanho do egocentrismo nas pessoas, coisa que totalmente qualquer anti-imperialista condena e repudia. Somos amigos de todos aqueles que querem o direito de decidir o seu próprio destino. Somos inimigos daqueles que tentam arrancar de nações e de indivíduos este direito inalienável. Sendo assim, caso Bashar Al Assad seja indesejado, que o povo sírio e as organizações populares decida por si só, sem a interferência direta ou indireta de potências estrangeiras com interesses hegemônicos.