terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Uma criança de três anos faleceu durante a reintegração no Pinheirinho


Um menino de três anos faleceu no domingo na comunidade do Pinheirinho, assim que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ordenou a reintegração das nove mil pessoas que ocupavam desde 2004 os terrenos da falida empresa Selecta de Naji Nahas.

Ao menos dois mil homens da Polícia Militar foram mobilizados por Alckmin por terra e ar para tirar os moradores do lugar com balas de borracha e gás lacrimogêneo, aproximadamente 2000 famílias, entre elas 2600 crianças.

“Perdemos uma criança de três anos por uma bala que não foi de borracha usada pela polícia e uma outra pessoa também está morta” disse para o jornal da teleSUR a porta-voz da Frente de Resistência Urbana, Helena Silvestre, no qual acrescentou que até o momento não se tem um número exato dos falecidos.

“Sabemos que há pessoas que faleceram no interior de suas casas devida falta de ar por causa das bombas de gás. Também há pessoas que estão desaparecidas e não sabemos se estão vivas ou mortas”, informou.

Silvestre afirmou que todas as famílias da comunidade do Pinheirinho foram desalojadas à força, “o que ficou no lugar são nossas coisas porque não conseguimos tirar nada, somente o básico porque estavam nos buscando com toda a violência”. Destacou que cerca de 800 pessoas se encontram refugiadas em uma igreja perto do local.

A porta-voz destacou que desde as 05:00 da manhã do domingo a Polícia Militar chegou no Pinheirinho para cumprir a ordem da reintegração, ditada pelo governador Alckmin. “Ninguém esperava que fosse no domingo, dia em que é proibido a desocupação no Brasil (...) Chegaram jogando bombas de gás pelo ar e por terra uma tropa com cavalos e cachorros”, apontou Helena Silvestre.

Indicou que desde 2004 quando chegaram no local tentaram fazer a desocupação em várias oportunidades, mas devida a organização que tinham conseguiram ficar no lugar. Acrescentou que a reintegração no domingo é uma decisão da justiça estadual de São Paulo, apesar que existe um acordo da justiça federal que lhes permitia permanecer no lugar.

“Quando iam começar a operação, um oficial da justiça federal tentou falar com o comandante e explicar a situação mas o próprio oficial foi recebido com balas de borracha e não foi possível o diálogo em nenhum momento”, finalizou Helena.

O vídeo da entrevista





 Como já disse anteriormente, no capitalismo as forças de segurança agem assim, protegem os verdadeiros ladrões que são os políticos, oligarcas e magnatas e prendem com repressões a quem deveriam proteger, o povo. 

Problemas sociais se resolvem com programas sociais e não com ações dignas de um estado ditatorial contra um povo humilde.

E imaginar que o Alckmin queria ser presidente do Brasil...

Fonte: http://www.telesurtv.net/secciones/noticias/103021-NN/nino-de-tres-anos-fallecio-durante-desalojo-de-personas-sin-techo-en-sao-paulo/#%C2%A0

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